sexta-feira, junho 01, 2007






Mentira tem perna curta, mas joga capoeira


POIS É. Vejam como são as coisas. Em (8/2/1999), no Rio de Janeiro, me foi encaminhada uma negativa carta oficial do "vosso" Espaço Cultural Dos Correios ; engavetaram o que ? Com um outro equívoco grosseiro, se dirigindo ao Sr. Aloysio Zabur(?), "regeitavam o Projeto Reunir Capoeira. E o que propunha aquele trabalho coletivo, que anos depois tomou nova fôrma institucional"?!?! Seria mais uma mostra de nossa manjadíssima carreira artística? Não mesmo. Apenas, e simplesmente, expor tudo que houvesse sobre Capoeira, mostrando a cultura - VIVA E PERIFÉRICA - vivenciada fora do mundinho passivo que comanda as negaças do jabaculelê. Olha ai, falo apenas em meu nome, meus amigos que aceitaram participar daquelas iniciais propostas, não são responsáveis pelas minhas broncas atuais. Estou só. EU e a torcida do Flamengo. É o preço que se paga para brigar uma bôa briga. Como é a do cidadão comum, que sempre faz a coisa andar, inclusive a massa falida das boas idéias disponíveis. AZ. Intercessão 2007



Reunimos na época algumas imagens qualitativas para ilustrar nossas propostas. (AZ - Bernardo Alevato - Renata Valente)

DESENHOS: CARIBÉ - FOTOS: PAULO SCHETTINO E OUTROS
 

O primeiro nome do Brasil, PINDORAMA, como não podia de ser, foi dado pelos verdadeiros senhores da terra, nossos indios, divididos por vários povos sempre em lutas pelo território nacional. Quando descoberto, em 1500, estima-se que o atual território do Brasil ( a costa oriental da Ámerica do Sul ) era habitada por dois milhões de indigenas ( das mais diversas etnias, crenças e ´modus' de vida, formando um imenso painel histórico; extremamente importante para o ser humano_ desumano_ até os nossos dias )
Respondida a questão? Pois é amigo e camarado Mestre Touro, seu amigo Mestre Crioulo resolveu me sabatinar. Está tudo no Google, basta saber juntar as informações e ter um pouco mais de malícia, nas interpretações, e no jogo da CAPOEIRA. AZ RJ BR 17/5/2011 _
E VIVA O MESTRE PEIXINHO__ E O GRUPO SENZALA
PARA SEMPRE 


Não somos papo furado

http://www.youtube.com/watch?v=dFbd3GLVikU&feature=results_main&
laynext=1&list=PL43686F7A12638D14


http://www.youtube.com/watch?v=1XhIiUrBalI&feature=related


Há muito tempo estamos aqui
Com coisas que foram
Identificáveis

http://www.youtube.com/watch?v=tK6V3HajKEg&feature=related

Eu sou eu, múltiplo, até que provem o contrário

Malta do Clovis-Bate Bolas Midiáticos

http://maltadoclovis.blogspot.com/


MEIA LUA DE COMPASSO
Rio de janeiro 1999
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AZ Collector
Saúda o amigo Mestre Hulk
este sim teve coragem de lutar
só brinco com os amigos
na manha: eu bato voces apanham
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relato do glic...rj br 18/5/2011
num treino do
Peixinho, ele vira-se e diz: - esta semana todo mundo vai treinar de calça branca, senão não joga na roda....semana Q vem!
então, o capitão caverna, um jovem aluno aparece de calça cinza.
o mestre dá uma volta na roda, vira-se pro aluno mirim  e fala de novo: - capitão caverna, esta semana que passou, eu fudi quase todos os dias; quase fudi, na segunda, na terça, na quarta, na quinta , na sexta, no sabado e no domingo. e, voce caverna, hoje tambem, quase jogará nesta roda...
DO MESTRE PEIXINHO PRA SEMPRE  
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BRINCADEIRA CARIOCA
MESTRE TOURO

Conta a lenda, que  BRUCE LEE veio ver o Mestre Touro jogar Capoeira, lá na Rua Nicaragua 174; na Penha ( ACADÊMIA LEOPOLDINENSE DE LUTAS ) Dizem tambem que o Mestre Crioulo ganhou mais de dez (10) Campeonatos Cariocas E Brasileiros De Capoeiragem_ RIO_ S.PAULO_MINAS_ Nas décadas de 70_ 80______Escola De Capoeiragem Tradicional De Bonsucesso

ERA DA KAPOART DO MESTRE SILAS

http://www.youtube.com/watch?v=OuOC_JZHa0w




VISÃO ARTE VIDA
Projeto de Multi Arte
AZ - Marília Garcia
RIO 1984
MESTRE ANGOLINHA ( RIO 1998 )
COLEÇÃO DO CAPOEIRISTA INGLES GEORG HOWELL
( PINTADO)

Se merda fosse dinheiro pobre nascia sem cu. Digo eu.
Tem um mestre capoeirista que ficou travado no meu caminho, mas já passou. Detonei, pensei e me arrependi, na verdade trata-se de um grande mestre e um equívoco meu. Seus melhores alunos são meus amigos. Os admiro como capoeiristas, e aí caio na maior contradição. Os mestres são marrentos mesmo. Mas cheio de amarras para depois comemorar. Entendo agora, se deixar rolar frouxo: acaba.... Eu mesmo estou tendo que me mancar. Vou ter que revisar tudo, mas fora da capoeira. As visitas em primeiro lugar... achava eu, mas agora não acho mais nada. Tenho certeza. Tá certo, como tenho 72 aninhos, não vai ser com o amigo, que vou antecipar o meu processo secular, como um cidadão incoveniente. Evocar São Jorge Protetor, eu posso, mas para proteger os pobres moradores da região com suas armaduras mais pesadas e bonitas, enfeitadas pelos capoeiras maiores, para nossa proteção e admiração. Meu protetor mandou me avisar, leve sua capoeira para passear e deixa as mágoas da vida pra lá... Hoje eu vejo a fragil coluna de recalques sociais intransponíveis. É do povão. Porque marretado, pensa e deve desafiar o destino incerto. Acabou a bronca passou e vejo que errei sim. Desenhar no ar, sua face de afetividade dedicada aos seus alunos e meus amigos, sempre gentis, é a melhor idéia. Como aos seus visinhos, se apega o futuro incerto da popuação, tenho que reconhecer a dívida social. Não falo de seus alunos porque sabem bem aonde a porca torce o rabo.
Falo de todos nós e penso como poderia desatar minha bronca tão desastradamente distorcida. É que cansei de tudo, e tendo perdido o antigo rumo e alívio, proporcionado pela nossa capoeiragem, me desesperei invocando com uma pessoa que na verdade admiro muito. Gosto inclusive de sua criação visual, pura. Afinal sou mestre de obras. Acho legal, quase tudo, principalmente a ordem expressa nos seus fundamentos. Desculpem se vos ofendi , mas tudo tem vários lados. Hoje vejo brilhar um novo caminho, tão desejado e tão próximo. E dentro de mim. Achei: Axé! AZ RJ BR 16/10/2009
ACADEMIA MESTRE MARRON
http://www.youtube.com/watch?v=8oUPzaNYlj8


DO BOM VELHINHO
AO MESTRE PEIXINHO
http://www.youtube.com/watch?v=VVRvjGi-YcE

AO BRUZI _ AO TIMBALADA _ AO TONY VARGAS
Mestre Muca foi quem batizou o Bom Velhinho, e escolheu este apelido na Roda da Malta da Gávea - Rio, 1997 (PUC - LOTDP)
Muca-Zequinha-Lucas e crianças do Parque da Cidade.
Mestre Muca _ Ogam da Umbanda Carioca. Saudade

PORTAL DESI VIDEO NETWORK
http://www.desivideonetwork.com/view/y28ag595q/caxias-parte1/


Mestre Camaleão é um velho amigo. Hoje vive em Paris. Mestre Poeira (no centro da foto) foi Mestre do Muca e do Urubu – grande figura não tem reconhecimento registrado em negrito.Salve Poeira e a capoeira.
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Mestre Camaleão & Gato Felix

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Mestre Camaleão & Mestre Urubu, Q começou aos nove anos de idade com o Mestre Poeira
http://www.youtube.com/watch?v=nkSCQ5ZniWI&feature=related
___________________________ FICA Marseille 2008

HOMENAGEM AO CABOCLINHO:Egum chegou no Jongo. À meia-noite me despedi da casa do pai. Com a expo “Porre Certo, todo meu coração aguardou o espírito do silêncio - Rio de Janeiro 1981. O “beco” do meu passado foi iluminado pela leitura; Manoel Anton io de Almeida; Aluízio de Azevedo; Lima Barreto....o primo, Raul Pederneiras + o X de AZ O Breve.
Mestre Caboclinho chegou ao Meia Lua de Compasso: Brincadeira Carioca e deu uma aula de percussão. Sua última morada, sua imagem, me acompanha desde 1962; no antigo CPC da UNE. Alabê do tambor e Ogam do Candomblé, morreu puro e duro, mas foi recebido pelo cantar dos passarinhos. Gravou com Elizeth Cardoso, Orlando Silva, Gal Costa, Milton Nascimento, Jorge Benjor e muitos outros. Partiu esquecido, retornando ao anonimato de seus ancestrais eternamente vivos. Rio AZ
2006
+
IZMáLIA
@eu
Aqui, em baixo, voce vai conhecer o Site do Mestre CARACU _'Capoeirista Brasileiro'_ formado pelo 'Grupo Senzala'. Carioca, radicado em Berlim, que participou do evento 'Meia Lua de Compasso: Brincadeira Carioca' _ C.C. Laurinda Santos Lobo_ Rio 1999 . AZ Colector
Poeira de Estrelas
BEZOURO MANGANGÁ
NÂO ENCHAM O SACO
EU VOTO COM
MARINA
DA SELVA
RAINHA
ALOYSIO ZALUAR – O DESENHO DA VIDA PERIFÉRICA
Guilherme Preger Um encontro singular é o que promete a nova exposição de Aloysio Zaluar em Basel, Suíça. Nesta constatação aparentemente banal, esconde-se a potência de um evento capaz de desdobrar-se em aleatórias e inesperadas linhas de afetividade e inteligência. Reunindo cerca de 150 desenhos de sua fase mais recente, esta exposição marca a presença original do artista brasileiro no centro do território europeu, abrindo um espaço virtual de confraternização entre culturas diversas, sugerindo subterrâneos enlaces, no centro de cultura dedicado às aproximações para além de todas as fronteiras, físicas e espirituais.
A exposição apresenta a reunião gráfica de trabalhos recentes em desenho que sintetizam quase 50 anos de realização artística de Aloysio Zaluar. Esses anos, que correspondem a uma vida de trabalho, foram dedicados à pesquisa e ao registro das manifestações culturais populares, cariocas e brasileiras, focalizando principalmente expressões periféricas das populações marginalizadas. Ele é o pintor dos desenhos espessos, das formas inusitadas e das cores feéricas que povoam o imaginário coletivo brasileiro e se traduzem materialmente nas roupas e máscaras dos Clóvis de blocos sujos,nos adereços de carnaval de rua, na diversidade exuberante da natureza tropical, na ginga e nos golpes dos capoeiras e malandros, todos motivos constantes em sua obra, entre muitos outros. Sua obra, herdeira do expressionismo popular, dá luz e força a um rico imaginário coletivo que continua vivo, mas marginalizado e esquecido.
http://www.youtube.com/watch?v=_6ameIYuCwY
Nascido em 1937 no Rio de Janeiro, filho de um médico liberal humanista, sua família, Emilio Zaluar tornou-se notável no cenário artístico do Rio de Janeiro. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde recebeu a Medalha de Ouro. Foi aluno e discípulo de Oswaldo Goeldi (originalmente Göldi), o grande artista suíço-brasileiro, filho do notável naturalista suíço Emil August Göldi que dirigiu o museu natural da cidade amazônica de Belém, no Brasil, no final do século XIX. Numa obra de impecável orientação humanista, Oswaldo Goeldi se tornou um dos notáveis artistas plásticos brasileiros de todos os tempos e estimulou o interesse de Aloysio Zaluar pela estética expressionista e pelas técnicas de gravura, em litogravura e xilogravura, e da serigrafia.http://www.youtube.com/watch?v=psfMuGRAPlM&feature=related
Aloysio foi sempre um artista engajado, preocupado com os efeitos políticos de sua obra. Participou ativamente do engajado movimento estudantil do final da década de 50, que se voltou para a politização da arte e para o interesse em cultura popular, ajudando a fundar a seminal Galeria Macunaíma, núcleo que participou mais tarde da fundação do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes brasileiros. Na década de 60, participou da decoração para o carnaval de rua carioca. Inaugurou a cadeira de gravura e desenho na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio Grande do Sul, a Escolinha de Arte Girassol, centro educacional alternativo para crianças, no Rio de Janeiro e a Oficina de Arte Popular, também nesta cidade, centro especializado em produção de imagens técnicas baseadas em gravuras e serigrafias.
http://www.youtube.com/watch?v=8gR5niHQkSI&feature=related
No início da década de 60 começou a investigar as formas de vida dos mendigos na cidade do Rio de Janeiro e influenciado por Goya, Goeldi e Ensor, retratou em quadros e gravuras o cotidiano miserável da população de rua e suas estratégias de sobrevivência. Esta primeira série lhe rendeu suas primeiras individuais em galerias na cidade. Depois participou do Salão Nacional de Arte Moderna com a trilogia “Macunaíma”, uma de suas principais obras, que traduzia a capacidade antropofágica do povo brasileiro, especialista em se virar e sobreviver criativamente. Esta série sintetizava criticamente muitas das intensas discussões vividas pelos artistas de sua geração sobre os rumos do projeto de nacionalidade que havia sido desviado pelo golpe militar de 1964.
Perseguido e preso pela ditadura militar, refugiou-se num sítio em Pedra de Guaratiba, subúrbio do Rio de Janeiro, onde travou contato com as formas mais genuínas da cultura popular da cidade. Lá observou as peculiares e estranhas figuras dos Clóvis mascarados que assombram as ruas nas noites de carnaval. Pesquisando visualmente o tema, elaborou série de pinturas, desenhos e filmes que foram apresentados em várias galerias da cidade e na Bienal Latino-Americana de São Paulo em 1978. A exposição “O Clóvis vem aí” tornaria o pintor conhecido no cenário artístico contemporâneo. Esta fase de sua obra também significou o cerne de sua reflexão sobre as formas populares de expressão, em suas manifestações materiais e simbólicas. Para Zaluar, as fantasias fantasmagóricas dos Clóvis eram não apenas herdeiras de uma tradição secular ibérica, mas traduziam um sugestivo inconsciente coletivo que incorporava sutis impressões do contexto social mais amplo. Zaluar denominou essas impressões de “imagens psicossociais”. Ricas em matéria de cores e expressividade, as roupas pesadas do Clóvis também eram um exemplo da capacidade popular de criar esteticamente com poucos recursos.
Nesta década, Aloysio Zaluar também passou a pesquisar o fascinante universo dos grandes balões de fogo soltos pelas comunidades periféricas do Rio de Janeiro. Balões de fogo representam uma tradição trazida da China por Marco Polo para a Europa e que se tornou um entretenimento das aristocracias européias nos séculos XVIII e XIX (Na corte de Napoleão, por exemplo). Porém, nos subúrbios do Rio tornou-se uma arte de comunidades pobres perseguida pela polícia, sob argumento de tratar-se de uma prática perigosa. Sua fabricação movimentava todo o trabalho e a dedicação da comunidade durante meses. No No tecido inflável dos balões de fogo enormes eram bordados ícones da cultura de massa, ou outros símbolos da cultura popular. O momento do lançamento era marcado por uma alegre festividade que Aloysio acompanhava por diversas vezes, reunindo material que mais tarde iam compor sua obra pictórica, assinalando a beleza exuberante dos impressionantes bólidos voadores sobre os ares da cidade.
Em meados da década de 70, travou conhecimento com uma comunidade de centenários imigrantes suíços na localidade de Muri (cujo nome remonta a uma cidade da Suíça), próximo à cidade de Friburgo, de notória colonização suíço-alemã. Esta comunidade mantinha ritos e manifestações culturais originários de seu país natal que muito impressionaram o artista brasileiro, que documentou sua estadia com muitas fotos. Nesta exposição atual, Aloysio faz uma homenagem em seus desenhos a várias reminiscências afetivas e visuais deste seu encontro.
Na década de 80, mudou-se para o balneário de Saquarema, onde passou a explorar temas nativistas e naturalistas da paisagem rural e praieira, em especial a criação de pássaros, com sua múltipla diversidade de cores e cantos. Participou de coletivas sobre o tema “Futebol”, uma de suas maiores paixões. Não deixou de focalizar os desfiles de carnaval, um de seus temas mais constantes, com quadros onde se mostram as multidões populares em estado de euforia carnavalesca e onde se mesclam os mais variados elementos humanos e simbólicos da cultura nacional, misturando Clóvis, passistas de escola de samba, jogadores de futebol, artistas de televisão, cinema e literatura e os mais comuns ícones da cultura de massa, desde heróis de revista em quadrinhos a monstros de desenho animado.
No início da década de 90 passou a focalizar as formas de comércio de massa, realizando pesquisa iconográfica na área de comércio popular urbano do Saara, no Rio de Janeiro. Esta pesquisa lhe rendeu a exposição de “Saara: Vitrine do Real” (Blumenau, 1998) em que mostra, em montagens de desenhos e objetos, como os formatos industriais da comunicação de massa e dos artefatos populares possuem expressividade estética criadora de inusitadas linguagens e significâncias.
Ainda na década de 90 interessou-se pela cultura das maltas de capoeira, e todo o movimento centenário de lutas e brincadeiras de rua, tipicamente carioca. Mirando-se no exemplo dos grandes caricaturistas brasileiros do início do século XX, Ângelo Agostini, Raul Pederneiras e Calixto, trabalhou na série “Malta Ilustrada” (PUC/Rio de Janeiro, 2003), introduzindo ao estilo da caricatura cores fortes e contrastantes, sua marca registrada, e a técnica da montagem, para retratar as cenas efusivas e festivas da cultura de rua, misturando rodas de capoeira a desfiles da passarela do samba, malandros e passistas, além de personagens típicos da cultura de massa.
Na série “Desenho: Estrutura Multiforme de todas as coisas” (Petrópolis, 1997), Aloysio Zaluar desenvolveu rigorosa reflexão sobre a função social do desenho, considerado como uma linguagem essencial de comunicação imediata que unifica todas as manifestações simbólicas da cultura. Em nome disso, sua obra realizou fundamental convergência entre os processos artesanais populares e os procedimentos mais desenvolvidos da tecnologia audiovisual, rompendo as fronteiras e as divisões entre cultura erudita, cultura popular e cultura de massa. Atualmente ainda desenvolve projetos que estendem suas reflexões em cultura com a utilização moderna dos valiosos recursos da tecnologia da sociedade da informática.
Apesar do inegável valor estético de suas obras, Aloysio Zaluar sempre se considerou mais um observador do que um artista, cuja missão principal é registrar, com os meios técnicos e expressivos desenvolvidos em seus anos de prática artística, as formas coletivas anônimas de expressão e criação, relacionando-as com as formas de vida e trabalho da população pobre e marginalizada, em sua batalha cotidiana pela sobrevivência. Em nome deste ideal, durante a década de 70, foi um dos pioneiros da utilização do conceito de “antropologia visual”. O objetivo da antropologia visual é ser capaz de traçar, através da pesquisa social e estética, as linhas nem sempre visíveis que regem a produção cultural da sociedade esquecida (quando não excluída), coletiva e anônima. Assim, seus trabalhos icônicos e de escultura têm a função de captar as nuances imperceptíveis ou desconhecidas do “imaginário psicossocial” que se apresentam nas formas imateriais de fazer e gozar o carnaval, de jogar a capoeira, de fabricar artesanalmente, e traduzi-los nos riscos icônicos de seus pincéis sempre prontos ao movimento gestual espontâneo que se une à sua vida cultural afetiva.
Dentro desta perspectiva antropológica, Aloysio Zaluar tem pretendido abandonar o papel aurático de “artista plástico” (uma de suas exposições chamou-se justamente de “O Último Pintor”) pela função social do “mediador”, preocupado em fornecer, através de suas capacidades plásticas, os meios para a criação de encontros e reconhecimentos sociais criativos. Nesses, os relacionamentos possíveis vão compondo gestualmente os traços que mais tarde habitarão suas telas em riscos e cores de impacto. Em sua fase da “Malta Ilustrada”, em que retrata o mundo socialmente desprezado da capoeiragem carioca, Aloysio conseguiu reunir antigos mestres de capoeira de diversa procedência para participar de rodas de jogo. Assim, enquanto estes jogavam e se divertiam, o artista riscava suas caricatu
ras e desenhava suas pinturas, recuperando uma antiga tradição de crônica ilustrada, registrando para a posteridade o ambiente da capoeiragem carioca na virada de milênio e preservando um patrimônio imaterial que se mantém vivo e atuante.
Em verdade, no decorrer de sua trajetória de quase cinco décadas, Zaluar fez uma opção decisiva por inserir em seus desenhos, em suas cores, em suas formas, uma energia positiva que emana socialmente da vida corrente do dia-a-dia brasileiro. Esta é uma energia gerada na materialidade cotidiana das relações humanas mais prosaicas, marcadas pelo fogo agudo de uma batalha sofrida pelas condições de subsistência, oprimida pela desigualdade histórica. Esta energia, canalizada produtivamente, explode em miríade de manifestações criativas, que compõem a multifacetada cultura brasileira e, em particular, a do Rio de Janeiro. Energia transbordante a qual a obra de
Zaluar se mostra fiel, pesquisando de corpo inteiro nos territórios mais surpreendentes, onde a vitalidade coletiva se refugia e onde transpira movimentos de criatividade surpreendentes que o artista passou a registrar com todas as possibilidades contemporâneas da comunicação visual.
A exposição atual que se apresenta ao público de Basel, composta integralmente por desenhos recentes, quase todos em preto e branco, vem a compor um painel rico de todos os elementos visuais que povoaram a obra de Zaluar nestes quase 50 anos. Elas representam o esforço do artista, nesses últimos anos, de imprimir um cunho de síntese aos motivos figurativos diversos que habitaram seu imaginário, através de um trabalho de reminiscência criativa. Para atingir seu objetivo de síntese depurada, voltou-se para o desenho básico, a lápis ou caneta, traçando com traços rápidos e ágeis, mas fortes, linhas frenéticas da fantasia coletiva, esboçando figuras bem conhecidas de seu universo pictórico, como Clóvis de carnaval, capoeiras, passistas de escolas de samba, balões, misturadas a registros icônicos da contemporaneidade, entre figuras públicas da política e do espetáculo, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o jogador de futebol campeão do mundo Ronaldinho Gaúcho ou famosas atrizes ou modelos brasileiras. Também se somam a esses registros, imagens de sua percepção contemporânea, “flashes” do cotidiano pessoal de suas relações afetivas, homenagens a Oswaldo Goeldi e aos suíço-brasileiros de Muri, ou pequenas ilustrações retiradas de jornais e revistas, ou outras fontes, em rápidas “anotações visuais”, perfazendo um mosaico de registros heterogêneos, aparentemente aleatórios, mas que se fundem energeticamente no espaço branco da folha de papel.
A concentração no trabalho de desenho vem a ser, portanto, um exercício de ater-se ao essencial de sua obra, a promoção do desenho como “estrutura multiforme de todas as coisas”, como o esqueleto sobre o qual se edifica toda a linguagem humana, verbal e gestual. Assim, a heterogeneidade dos motivos pictóricos é interligada através das linhas do desenho que se encontram e se envolvem, provocando no espaço pictórico fulgurações repentinas de imagens e demonstrando como um mesmo fluxo de energia pulsa na imaginação coletiva que o artista registra.
Tais trabalhos poderiam ser denominados como “montagens”, porém este é um termo muito técnico para defini-los. “Encontro” é uma palavra mais feliz, porque traduz a função mediadora do artista neste universo imaginário. Em cada uma de suas obras, Aloysio tem pretendido criar a possibilidade de um encontro insólito, mas viável - a construção de um espaço pictórico e social, bi e tridimensional, onde o desenho humano conflui com o desenho gráfico, espaço no qual este último não é um reflexo ou uma representação do primeiro, mas seu desdobramento em cores e linhas; e vice-versa, o desenho humano desdobra em gestos e luzes a grafia espacial das relações sociais. Sua tarefa como artista tem sido dar visibilidade a essas linhas comunicantes que compõem o tecido social da cultura brasileira e carioca. E mais do que isso: torná-lo não só visível, mas acessível: ao alcance da mão que traça, da ação que liga, e da participação que une.
São as linhas de fuga componentes dos desenhos sociais que tecem a realidade do “mundo-da-vida” brasileiro em contínua transformação. Tais desenhos correspondem a verdadeiros circuitos energéticos através dos quais se processam as interações humanas e fluem os intercâmbios afetivos. Eles são os canais da comunicação simbólica, fios da rede sangüínea da esfera cultural, que interligam a diversidade humana, dando vida à multiplicidade das formas concretas. Assim, num momento de carências e de dificuldades sociais, o artista capta um excesso da fantasia coletiva, algo que o crítico cultural frankfurtiano Ernst Bloch chamaria de “excedente utópico”, aquele que, reprimido pelas tarefas utilitárias da sociedade capitalista contemporânea, teima em resistir e aparecer subitamente nos encontros figurativos extemporâneos da obra de Aloysio Zaluar.
Guilherme Preger é mestre em Literatura Brasileira pela UERJ, autor do livro de poesia “Capoeiragem” (7 Letras/2003). Escreveu a obra “O Último Pintor”, apresentação sobre a obra de Aloysio Zaluar, ainda inédita. Atualmente trabalha em Furnas Centrais Elétricas.

Festa do Zumbi (20/11/2008)
AOS IRMÂOS DA PENHA : TOURO E DENTINHO

Gravação , sonorização e edição: CULTNE_Cultura Negra 100% Digtal
MESTRE TOURO
 http://www.youtube.com/watch?v=oukecBjqLWU

AO MEU AMIGO SOLANO TRINDADE
DO VERMELHINHO À LAPA : POESIA
RIODE JANEIRO 1956 _1961
http://www.quilombhoje.com.br/
solano/solanotrindade.htm




BRASIL
Antes de fixar-se no nome Brasil , as novas terras descobertas foram chamadas de 'Monte Pascoal' ( quando os portugueses avistaram terras pela primreira vez ), Ilha de Vera Cruz, Terras de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, etc...Em 1967 , com a primeira constituição da ditadura militar, o Brasil passou a se chamar República Federativa Do Brasil, nome que a constituição de 1988 conserva até hoje. Antes, na época do Império, era chamado de Império do Brasil e depois com a Proclamação da República: Estados Unidos Do Brasil. 

Santa Cruz Cabrália é uma das cidades históricas do Estado da Bahia, por nelas terem sido realizadas a primeira ( Domingo de Páscoa ) e a segunda ( De Posse ) Missas no Brasil, ambas celebradas por Frei Henrique de Coimbra, Capelão da Armada De Pedro Alvares Cabral, em  26 de abril e 1 de maio de 1500, respectivamente , a primeira delas na extremidade sul da Bahia de Cabrália, mas precisamente no Ilheu de Coroa Vermelha, e a segunda na foz do Rio Mutary.

Coroa Vermelha em Porto Seguro, um dos distritos de Santa Cruz de Cabrália, é o local aonde vivem até hoje os indios Pataxós fazendo artezanato e muitos outros expedientes ligados ao turismo local. Estive lá com eles...   

Creio já ter respondido satisfatóriamente as indagações dos meus amigos, que andaram questionando minha cultura de almanaque. Só imagino, por gozação também e certa sacanagem carioca, que poderiam abandonar as orelhas dos livros, e mergulhar fundo, nas
questões sociais brasileiras. AZ Collector.  
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Breve papo incômodo sobre Capoeira
Parem com estas fantasias com os senhores de engenho: nas Senzalas depois do duríssimo trabalho escravo, nas grandes fazendas coloniais, os infelizes negros eram postos nos ferros, ou, nos troncos ( dos mais fujões ). Feito isso, ali mesmo no chão batido, tinham Q dormir, mijar e cagar; se no estômago, ou, nos intestinos, houvessem matérias fecais à serem expelidas. E, nada de festinha, carnaval e, muito menos, roda de capoeiragem. Vale para todos os mal educados Q cortam o fluxo dos nossos papos mais contusos...Q não ferem ninguem e, apenas, buscam mais informações. Assim, nos livros, segundo algumas pesquisas sobre expectativa de vida, destes explorados ( do homem pelo homem ), consta Q eram de miseros três ( 3 ) anos. Valeu? !? Tem mais...    
Aguardando?

Na econômia da época era mais vantajoso comprar novo escravo, do que criar, desde criança, mais um. Perguntamos:- mas porque alguns escravos inteiros ( não castrados como a maioria ) eram mantidos? Qual seria? Preparar seus filhos para saberes e ofícios especiais? Ou era por questões mais intimas_ se é Q haviam_ pela paternidade e apadrinhamento afetivo mais Cristão? Como expectativa de vida, de forma geral, nas grandes fazendas, já sabemos Q eram apenas os três ( 3 ) longuíssimos anos. Depois saco. Isto até o final do século XIX e os movimentos sociais contra tamanha barbaridade... e, logo após ao início do século XX, na Europa industrial, das revoluções sociais no trabalho, que acabamos por mudar quase tudo. Mas aqui perdurava e ainda alavancava nosso negócio mais lucrativo ___ "O Tráfico De Escravos Invisíveis"... AZ o Terrível

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Malta Dos Clovis_Bate Bolas Midiático
http://maltadoclovis.blogspot.com/

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LABIRINTO UMBANDA - IED 2008/9

3 comentários:

Leiteiro disse...

Que legal seu blog com figuras lendárias como Touro, Dentinho, Poeira e Muca, cometas que cruzaram minha história na Capoeira, Arte Nossa!
Peço-lhe licença para copiar algumas fotos!
Também possuo algumas fotos do Poeira e Muca caso lhe interesse!
Leiteiro

Aloysio Zaluar disse...

Leiteiro, infelizmente ainda não nos conhecemos, mas sirva-se das fotos dos amigos e divulgue nosso trabalho coletivo; porque assim podemos torna-lo indestrutível . E mais: a internet é isto mesmo, um universo múltiplo de informações e multiplicações, que nenhum idiota pode querer tomar para si. Valeu? Axé, do camarado AZ Collector.

Anônimo disse...

Oi Aluysio, tudo bom? Queria trocar uma idéia contigo sobre aquela história de digitalizar as tuas imagens de balões. Cê ainda entra numa? Dá uma ligada ou escreve.

rodrigosavastano@yahoo.com.br

grande abraço,

dido